sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Labirinto

Tudo estava tão claro,
Depois ficou tão confuso.
Estava prestes a esquecer minhas inseguranças e me lançar sem reservas, sem medo, sem hesitação, pela primeira vez parecia certo.
Mas foi então que sua palavra, a mesma que já me envolveu e me levou a voos altos, me empurrou sem medo para o abismo e eu caí num labirinto que parecia não ter fim. Precisei caminhar sem sequer saber em que direção e cada curva, cada bifurcação parecia mais aterrorizante que a outra. Tão ruim estar perdida...

Eu descobri o caminho dentro de mim e as coisas clarearam de novo,  mas dessa vez estamos juntos nesse mesmo labirinto onde tudo se constrói, onde tudo se desfaz. Não estou mais perdida, não me sinto mais confusa. Pela primeira vez em tanto tempo, me sinto em tranquila.
Não me perco mais, eu sei o caminho de volta, as curvas já não me assustam.
Há algo que ainda precisamos encontrar, nenhum caminho é sem propósito. Dessa vez nesse labirinto, você precisa se encontrar e eu só preciso encontrar alguém.
Ainda encontraremos a saída, eu sei...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Crise existencial capilar II

Há pouco tempo, entrei numa loja de cosméticos para comprar uns esmaltes. Não que eu seja uma dessas aficionadas por unhas coloridas e com diferentes estampas e texturas, mas adoro unhas bem feitas! Além disso, é sempre bom estar por dentro das novidades e tendências para não cair na clássica francesinha da manicure.
Escolhidas as cores, eu já caminhava em direção ao caixa quando uma prateleira, que tomava conta de toda a extensão da loja, chamou minha atenção. Era a prateleira de shampoos. É impressionante como produtos destinados ao tratamento doa cabelos ganharam destaque em prateleiras de supermercados, farmácias, perfumarias e lojas como aquela. Foi-se o tempo em que esses produtos era considerados supérfluos. Por todo o destaque que recebem, pode-se dizer que hoje são itens essenciais.
Rendida a uma explosão de cores e fragrâncias, decidi comprar também uma shampoo. Afinal, é sempre bom experimentar uma coisa nova e não deixar o cabelo se acostumar com uma marca.
Mas eram tantas marcas e tanta finalidade que me vi perdida entre as opções. Tinha  shampoo para cabelo alisado quimicamente, cacheado, para antes da escova e depois dela. Alguns rótulos ostentavam o selo: tratamento profissional e outros traziam a inscrição: o mais usado pelas estrelas.
Também não faltavam especialistas nacionais e de fora do país indicando esse ou aquele produto. Alguns eram importados e como eu entendo bem pouco ou quase nada de outros idiomas, não sei dizer o que todas aquelas letras coloridas e brilhantes berravam, mas aposto que as promessas não eram muito diferentes de tudo o que eu já tinha lido,
Resultados como hidratação profunda, controle de oleosidade, combate à caspa e/ou à queda estavam sempre acompanhados pela inscrição: dermatologicamente testado. Os perfumes variavam entre flores, frutas e doces, tinha shampoo até com cheiro de algodão e eu nem suspeitava que algodão tivesse cheiro...
Claros, tingidos, ressecados, ondulados, com mechas, em camadas, crespos, curtos, longos, cheios... Maldita segmentação de mercado!
Sem conseguir decifrar qual o produto apropriado para o meu cabelo, desisti da compra. Paguei os meus esmaltes e fui embora. A sensação que ficou é a de que é bem mais fácil encontra a alma gêmea do que o seu shampoo ideal. Seriam os cabeleireiros os cupidos dos fios? Isso me lembra que preciso fazer uma visitinha ao meu, vai que...

Crise existencial capilar (O retorno)

Pra quem não entendeu nada da primeira publicação e de outras duas que fazem referência a ela trago um releitura atualizada do que pretende ser "Uma Crônica e uma Futilidade" não é o texto original, eu tentei reescreve-lo esse ano. Talvez tenha ficado melhor, mas não sou eu que avalio meus textos. Na verdade ninguém tem esse direito, eles podem ser lidos ou não. E só!
Acontece, que eu fiquei muito irritada comigo por ter perdido o original. Esse descontentamento também já foi relatado aqui. Agora contente-se com essa releitura de "Crise existencial capilar"



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Escolhas

Xadrez ou listra
Janela ou corredor
Açúcar ou adoçante 
Coca-Cola ou Pepsi 
Certo ou errado
Bem ou mal



Sem perceber, estamos fazendo escolhas o tempo todo e querendo ou não elas sempre acabam afetando em algum aspecto da nossa vida. 
Algumas podem ser feitas sem muita reflexão, mas outras podem afetar para sempre quem  você é, essas são, sem dúvida, as escolhas mais difíceis.  

"Será que eles vão me odiar por todas as escolhas que eu fiz?"

sábado, 1 de setembro de 2012

Vida e Café

Muitas vezes a vida é como uma xícara de café sem açúcar, amarga e não nos deixa dormir.



Loucura e Sensatez


Quebra-Cabeça

Lembro que quando eu era pequena uma das brincadeira que eu mais detestava era quebra cabeça. Eu ficava super irritada com todas aquelas peças espalhadas, elas nunca se encaixavam e eu acabava chutando tudo e desistindo. Com isso, diversas peças acabavam se perdendo para sempre.  



 Com o passar do tempo fui aprendendo as regras desse jogo. Pode não parecer, mas todas aquelas peças embaralhadas mais cedo ou mais tarde acabam se encaixando. Você só precisa ter calma e colocar uma peça de cada vez. No fim, a imagem formada te faz sentir satisfeito por ter perseverado, afinal, ela é tão bonita! O mesmo pode ser dito da vida...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sorte e felicidade

Você só tem uma chace de ser feliz. Pare de pensar e calcular o próximo passo. Não importa qual a probabilidade de dar certo. Só vai acontecer aquilo que for pra acontecer, mesmo que só haja um por cento de chances. No fim de tudo o mais feliz não será o que acumulou mais rugas na testa, mas aquele que viveu sem tantas preocupações. 
A sorte pode determinar muita coisa, mas você precisa ter coragem de lançar os dados. Jogue esses dados pro ar, o que tiver que ser será!


terça-feira, 31 de julho de 2012

Ordem e caos

 "Teoria do caos, para a física e a matemática, é a teoria que explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos" Quem quiser pode procurar na Wikipédia. Foram necessários vários físicos e matemáticos para formular tal teoria e não sou eu, uma simples mortal que sempre tirava 5 (ou menos) nessas matérias, que vai explicar. 
Para outros mortais pode ser resumida na seguinte frase: "A ordem nasce do caos". Você provavelmente já escutou muita gente dizer isso. Eu levei algum tempo para conseguir entender, mas algumas situações, que não eram borboletas voando em Nova York nem furações em Tóquio, me fizeram compreender melhor tal teoria.
Bem, meus amados leitores inexistentes, vocês já sabem muito bem que eu tenho uma leve tendência à falta de organização (eufemismo fica tão lindo nesse caso). Uma das pessoas que mais se sentem afetadas por ela é a minha amada mãezinha. Divido o quarto com a minha irmã que adoooooora arrumar confusão por qualquer coisa.  Você já deve ter estimado a amplitude do caos...
E você que pensou que a ordem vinha de maneira milagrosa em meu socorro proporcionando a perfeita harmonização das coisas e resolvendo definitivamente minha falta recorrente, estava redondamente enganado!
A ordem irremediavelmente surge através do grito de minha mãe:  "GAROTA, PÁRA DE ENROLAR E ARRUMA LOGO ISSO!"
O não cumprimento da ordem ocasiona o prolongamento do caos, que quando não contornado gera terríveis consequências pro suposto causador.
Sendo assim, leitores imaginários, é melhor eu dar uma maquiada no caos antes que a ordem se imponha de maneira desagradável...

Beijos de brilhantes e até a próxima!
Quando será? Quando o caos for dissipado.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desorganização e ingratidão


Meus amados leitores inexistentes, obviamente este blog não está funcionando. Um prêmio para quem adivinhou!   Não me queixo disso, pelo contrário, ultimamente isso tem sido bom. O motivo? Em que outro espaço posso me expressar sem que ninguém me julgue por isso?
Lógico que eu poderia simplesmente escrever em algum caderno ou papel avulso. Isso inclusive funcionou por algum tempo. Era uma espécie de válvula de escape. Mas em meio a esses meus momentos desabafo às vezes surge alguma coisa bacana que algum dia alguém em algum lugar no mundo possa sentir a necessidade (uma estranha necessidade) de ler. Essa pessoa talvez seja eu mesmo, vai saber... 
O fato é que a ultima crônica não publicada aqui era legal, descontraída e relevante (ok não TÃO relevante), mas eu realmente senti necessidade de compartilhar com o mundo. Ela estrava escrita em um caderno ou numa daquelas folhas de avaliação do Camões e quando eu senti a vontade publicar aqui, ela misteriosamente desapareceu. Sério, deve ter se perdido em algum buraco negro escondido no meu quarto. Mas sou escritora e não entendo de buracos negros vamos deixar os buracos negros para os físicos ok. Escritores desorganizados correm o risco de evocar buracos negros e perder para sempre seus escritos. "E porque você você não reescreve?" Não funciona, o raio não cai duas vezes no mesmo lugar! olha eu falando de física de novo...  
Enfim, se desorganização fosse uma arte, eu seria especialista nisso. Talvez algum dia eu escreva alguma coisa sobre a falta de organização e como ela pode afetar sua vida. Eu tenho muito a escrever sobre isso. Mas hoje só estou aqui pra um desabafo, cujo motivo só a minha personagem/amiga imaginária vai entender só ela terá acesso a isso de qualquer forma.   Se o posto aqui é porque sei que algum dia vou querer ler ou, quem sabe, compartilhar com o mundo...


Falei demais... 
Ao pensamento:
" Onde nunca houve bem feitoria não haverá ingratidão. Simplesmente não posso grata pelo que você nunca fez, jamais se esqueça disso! Obrigado por me fazer pensar nisso, percebe a diferença?"
 

sábado, 21 de abril de 2012

Uma Crônica e uma Futilidade

Para o meu primeiro post nesse blog *-* (não tenho a menor ideia de como fazer isso) queria escrever algo suuuuper original, mas estou a dias pensando e não tenho nenhuma ideia bacana.
Então, vasculhando meus textos antigos, decidi que vou começar com uma crônica que escrevi em 2010 e já foi mencionada no blog de um amigo meu. Interessante que a cada vez que visito uma farmácia, merdacado e afins é impossível não lembrar. Ela se chama Crise Existencial Capilar e trata de um assunto que em publicidade é chamado de segmentação de mercado.
Espero que gostem e levem em consederação que esse é o meu primeiro blog.


Quem quizer conferir a postagem citada http://cronicasquenaosaodenarnia.tumblr.com/post/14354258426/a-minha-voz-continua-a-mesma-e-meus-cabelos-tambem