Há pouco tempo, entrei numa loja de cosméticos para comprar uns esmaltes. Não que eu seja uma dessas aficionadas por unhas coloridas e com diferentes estampas e texturas, mas adoro unhas bem feitas! Além disso, é sempre bom estar por dentro das novidades e tendências para não cair na clássica francesinha da manicure.
Escolhidas as cores, eu já caminhava em direção ao caixa quando uma prateleira, que tomava conta de toda a extensão da loja, chamou minha atenção. Era a prateleira de shampoos. É impressionante como produtos destinados ao tratamento doa cabelos ganharam destaque em prateleiras de supermercados, farmácias, perfumarias e lojas como aquela. Foi-se o tempo em que esses produtos era considerados supérfluos. Por todo o destaque que recebem, pode-se dizer que hoje são itens essenciais.
Rendida a uma explosão de cores e fragrâncias, decidi comprar também uma shampoo. Afinal, é sempre bom experimentar uma coisa nova e não deixar o cabelo se acostumar com uma marca.
Mas eram tantas marcas e tanta finalidade que me vi perdida entre as opções. Tinha shampoo para cabelo alisado quimicamente, cacheado, para antes da escova e depois dela. Alguns rótulos ostentavam o selo: tratamento profissional e outros traziam a inscrição: o mais usado pelas estrelas.
Também não faltavam especialistas nacionais e de fora do país indicando esse ou aquele produto. Alguns eram importados e como eu entendo bem pouco ou quase nada de outros idiomas, não sei dizer o que todas aquelas letras coloridas e brilhantes berravam, mas aposto que as promessas não eram muito diferentes de tudo o que eu já tinha lido,
Resultados como hidratação profunda, controle de oleosidade, combate à caspa e/ou à queda estavam sempre acompanhados pela inscrição: dermatologicamente testado. Os perfumes variavam entre flores, frutas e doces, tinha shampoo até com cheiro de algodão e eu nem suspeitava que algodão tivesse cheiro...
Claros, tingidos, ressecados, ondulados, com mechas, em camadas, crespos, curtos, longos, cheios... Maldita segmentação de mercado!
Sem conseguir decifrar qual o produto apropriado para o meu cabelo, desisti da compra. Paguei os meus esmaltes e fui embora. A sensação que ficou é a de que é bem mais fácil encontra a alma gêmea do que o seu shampoo ideal. Seriam os cabeleireiros os cupidos dos fios? Isso me lembra que preciso fazer uma visitinha ao meu, vai que...
Nenhum comentário:
Postar um comentário